A iniciativa privada é a força motriz das melhorias contínuas da humanidade.
Em uma estratégia de batalha há, entre outros componentes, a vanguarda e a retaguarda.
A retaguarda fica atrás do batalhão, protegendo o grupo contra quaisquer invasões surpresas, fechando e finalizando o avanço da intervenção.
A vanguarda vai à frente, abrindo o caminho, marcando território, derrubando as principais barreiras, posicionando os grupos e apontando a direção.
Pela natureza da sua posição, a vanguarda é quem se depara com as realidades, toma conhecimento do tamanho do desafio, visualiza o horizonte de oportunidades e define as ações para o restante do grupo. É, também, quem encara as maiores dificuldades, pois fica exposta ao inimigo e, certamente, acaba sofrendo as maiores violências e adversidades do inevitável (e já esperado) confronto.
Estes são termos de uma batalha militar, para uma intervenção de guerra. Mas, metaforizando com a “batalha da vida”, do mercado, da economia ou do ambiente social, a iniciativa privada se situa neste contexto de protagonismo.
Elencar as empresas como a vanguarda da transformação que almejamos, significa dizer que a iniciativa privada tem a condição, a capacidade e a oportunidade de estar nesta frente, de desbravar o desafio global do Desenvolvimento Sustentável, sendo protagonista neste processo clamado há tempos e por todos.
As empresas formam uma enorme ramificação social.
Uma companhia com, por exemplo, 100 funcionários, está intervindo diretamente na vida de mais de 500 pessoas, dada a realidade média da formação das famílias e seus dependentes.
Nas empresas, as pessoas passam mais de um terço de suas vidas, trabalhando e se relacionando com outras pessoas, compartilhando suas realidades, influenciando e sendo influenciadas pelos colegas. Neste ambiente, opiniões são formadas, humores e posturas são estabelecidos e atitudes são tomadas, promovendo comportamentos que, consequentemente, formam opiniões, hábitos e práticas na sociedade.
Quando uma empresa é responsável de fato, com estes Valores de sustentabilidade aderidos na sua Cultura Organizacional, além do impacto direto em seus colaboradores, e dos benefícios diretos causados ao ambiente e à economia como um todo, esta postura benéfica influencia muito mais pessoas.
É uma postura didática para o mercado, seus fornecedores, investidores e, como não, para seus concorrentes, entre todos os outros atores envolvidos em suas atividades. É uma liderança que impacta mais do que podemos perceber à primeira vista, dada a forte carga moral propagada entre os públicos.
Quando dizemos que “as empresas são a vanguarda da transformação que almejamos” significa que elas têm todas as condições para isso.
Elas têm esta condição tanto por sua força operacional mercadológica, que as capacita a suportar o impacto da frente da batalha, quanto pela capacidade e habilidade técnica para operar este processo. O know-how agregado, o capital para investimento, a Pesquisa e Desenvolvimento, todos os ativos naturais, humanos e financeiro as capacitam melhor que qualquer outra entidade econômica.
Elas não só têm as condições como lhes é muito oportuno, dada a necessidade de uma nova relação institucional com o seu público, pautado pela verdade, por esta nova economia que nos contempla.
A possibilidade de uma influência da iniciativa privada sem precedentes no comportamento e entendimento da população é evidente. É clara a oportunidade que as empresas têm de se posicionarem como fomentadoras de uma nova cultura de consumo, de uma postura sustentável de fato, à frente da sociedade, em paralelo com o governo, além do indivíduo, acima do mercado.
Não se trata de uma competição para ver se as empresas são mais eficientes que o Governo. Cada um tem seu papel. Mas o das empresas é crescente e será cada vez maior. Por diversas questões. Por inevitável cooperação.
O público consumidor tem um poder nas mãos que será utilizado cada vez mais, a cada dia: a compra.
Os eleitores, mesmas pessoas que são consumidores, votam para seus governantes a cada dois anos. Ao consumir, elas “votam” todos os dias.
São inúmeras as pesquisas e levantamentos que apontam as preferências do consumidor por produtos menos agressivos ao ambiente e mais benéficos à sociedade. Eles estão apenas esperando que estes produtos apareçam nas prateleiras, com bons preços, é claro. E este é o desafio das empresas; fazer com que seus produtos sejam “sustentáveis” com preços competitivos.
Este movimento causará impactos positivo em proporções que ainda não podemos calcular.
E aí que estão a responsabilidade e a oportunidade das empresas.
Uma vez percebida esta visão, serão inevitáveis os frutos sociais, ambientais e econômicos colhidos ao longo da atividade trilhada pelas companhias.
Elas serão didáticas, exemplares e formadoras de consciência de massa, rumo ao um desenvolvimento de fato sustentável, operado pelo mercado.
Este é o papel verdadeiro e coerente da iniciativa privada: ter lucro sendo mais benéfica e menos agressiva.
Esta é a cara das empresas no Capitalismo Saudável.
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