Temos visto um engajamento para a sustentabilidade por parte de líderes de negócios, investidores e consumidores sem precedentes. De eventos empresariais, à mídia direcionada, das pautas em reuniões às redes profissionais como o LinkedIn, vemos notícias, relatos e esforços de empresas com o ESG em destaque.

Estamos em um momento único da conscientização dos tomadores de decisão. A coisa já passou do idealismo faz tempo, está indo do brainstorming para as ações práticas e já temos alguns belos frutos colhidos por aí.

A orientação para o desenvolvimento sustentável é pauta no agronegócio, na indústria, na construção civil, moda, educação, tecnologia, turismo e entretenimento, na comunicação, no mercado financeiro, no setor de energia, etc.

Diversas empresas – nestes e em outros segmentos não citados – estão fazendo bons trabalhos. De grandes multinacionais a negócios locais, todos mostram iniciativas relevantes, com coerência e resultados importantes.

As empresas estão em graus de maturidade distintos; algumas já possuem planos bem definidos para ESG e outras não têm ideia de por onde começar. Há as que nascem com a pauta “na veia” e as que aplicam iniciativas de impacto positivo há anos, antes que os termos atuais viessem à tona. Há resultados florescendo e sementes replantadas com novas safras já sendo colhidas.

Tem muita coisa boa sendo feita e as pequenas conquistas devem ser comemoradas. É uma jornada. Não há aonde chegar. Há um caminho sendo percorrido.

Tudo o que está acontecendo marca o início de um novo tempo. Um tempo de consciência e metodologias, ferramentas e necessidades que nos munem de tudo o que precisamos para transformar a economia. Cultivar os Valores da Sustentabilidade na Cultura das empresas nunca foi tão simples e adequado.

Um relatório da XP, de 25/03/22 (https://conteudos.xpi.com.br/esg/seis-temas-chave-no-investimento-esg-frente-ao-conflito-russia-ucrania/?utm_source=emailmarketing&utm_medium=email&utm_campaign=esg-rus-ucr) lista os principais temas de destaque para investimentos ESG na atualidade. Um deles é o “ritmo de respostas das empresas”. Isso é bem importante pois destaca duas coisas: que as empresas têm um grande poder de promover mudanças e que o mercado espera este posicionamento da iniciativa privada. Sejam ações pontuais, ou macro políticas de investimentos, a expectativa sobre o setor é enorme.

A transformação partirá das empresas e há um detalhe a ser frisado: são as empresas com líderes engajados que tomarão esta frente. Não serão Departamentos de Sustentabilidade / ESG, que causarão os grandes impactos.

E estes líderes estão ativos, com empenho e coragem.

Isso é coerente, lógico e justificável, pois é o empreendedor quem tem a condição, a possibilidade e até o hábito, de “subir acima das nuvens, no topo da montanha, e olhar mais longe, para ver tudo mais claro”. E o que se vê de lá de cima é um mundo melhor do que se fala lá embaixo. Fora da neblina que anuvia a visão da massa profundamente ocupada, a riqueza natural e intelectual está disposta; de lá se vê a realidade do mundo que nos permite fazer tudo de uma forma melhor.

Um líder não faz nada sozinho, é verdade. Mas um negócio sem este ser que traz a pauta e lhe dá a devida importância, não leva a causa adiante. Pode até surgir um belo projeto a partir de uma equipe muito bem intencionada, mas sem uma liderança que direciona, motiva, avaliza e autoriza, será uma corrida de 100 metros rasos. E, sabemos, a sustentabilidade é uma maratona para a vida inteira.

Os grandes líderes sabem disso e estão tomando a frente desta empreitada.

Está ficando bonito de ver!

Apesar de os descrentes frisarem só o greenwashing (que, sim, existe e é feio), o tom da boa música está dado e a turma está na pista. Desculpemos os passos errados, faz parte da dança. É tudo um aprendizado.

Preparem suas pipocas!

Teremos um grande show de boas práticas ESG daqui em diante.