Sustentabilidade é a habilidade de se sustentar. Sustentar-se é evitar a queda, manter o equilíbrio, suster-se ou apoiar-se. É parar em pé, não cair, não desmanchar.

Para sermos sustentáveis, temos que manter o equilíbrio e seguir em frente. Manter o equilíbrio é ponderar questões sociais, ambientais e financeiras. Seguir em frente é prosperar, continuar crescendo, gerar algo, cultivar recursos, dar frutos.

Não dar frutos, não criar ou não ter lucro, é insustentável.

Na natureza, a inércia absoluta só existe sem a gravidade. Pelo motivo que, se tirarmos o chão, a coisa cai para baixo. Se nós não estivermos crescendo, gerando recursos e “andando pra frente”, estaremos decaindo, consumindo as reservas e “andando pra trás”. Não há como estarmos absolutamente parados: ou estamos evoluindo, ou definhando.

Portanto ser sustentável é ser produtivo. Ficar parado sem fazer nada não é sustentável, pois você vai consumir energia e recursos de outro alguém, que a gerou em outro lugar. Sem consumir, você morre.

Nos Estados Unidos o termo utilizado na economia é “Fazer dinheiro” (Make money). Por aqui e em muitos lugares do mundo, fala-se em Ganhar dinheiro.

Ganhar é receber de alguém gratuitamente. É tomar posse sim, mas sem dar nada em troca, sem criar um valor compartilhado em uma relação.

A forma como se capitalizam os governos, arrecadando impostos, as igrejas, arrecadando ofertas, as ONGs, com patrocínios e doações, não é fazer dinheiro. É arrecadar. É ganhar.

Não há nada de mal na existência destas instituições que arrecadam. Elas precisam existir. O Governo precisa existir. A igreja sempre existiu assim; as ONGs seguirão arrecadando e fazendo bons trabalhos. Todos são necessários.

Mas quem não cria ou elabora recursos, quem não Faz dinheiro, não é o protagonista. Não tem a natureza da criação e da otimização contínua. Têm papéis importantes, mas não são eles que fomentam a inovação e a prosperidade, inerentes à sustentabilidade.

São os empreendedores, produtores, criadores de algo com pensamento, matéria prima e esforço de trabalho, que fazem o dinheiro “surgir do nada”. Não há outra pessoa – física ou jurídica – que faça dinheiro, gere riqueza, crie valor, a não ser aquela que empreende. Esta é a persona promotora do desenvolvimento e da sustentabilidade: o empresário com fins lucrativos.

O Comunismo é insustentável por natureza.

Por dois motivos claros:

1- Não é da vocação do Estado, gerir. A vocação do Estado é de regulamentação e ordem, e para isso ele deve ser enxuto e eficaz.
2- A entidade que Faz dinheiro é enfraquecida em um regime econômico sem foco no livre mercado, pois são as empresas (privadas, estatais ou mistas, mas com fins lucrativos) que geram os Recursos Financeiros. Quando fracas, as empresas não criam dinheiro suficiente para manter um governo “fominha”. Elas só são fortes e prósperas no Capitalismo.

O comunismo, pautado pelo controle do Estado máximo, não tem o vigor da inovação e melhoria contínua que existe no empresariado. Um negócio deste porte que não tem dono, tem desperdícios imensos, mindsetestagnado, falta de fibra e vigor. É inviável, improdutivo, infrutífero, insustentável.

Além das perdas e da má aplicação dos recursos financeiros, um governo inchado e autoritário “mata a galinha dos ovos de ouro”. A galinha é a empresa.

O Capitalismo, é sustentável por natureza.

Sim; ele foi “selvagem” esse tempo todo, estamos sabendo!

Mas foi saudável que ele nasceu. O que o levou a ser agressivo e selvagem, foi o ponto de partida, as circunstâncias e realidades do início do século passado. Não se imaginava àquela época, considerar os stakeholders. Nem havia a visão sobre os impactos negativos que poderíamos causar ao planeta. O marketing do Ford era “vocês podem escolher qualquer cor de carro, desde que seja preto”. Outros tempos, certo?! Não havia a possibilidade de termos a visão que temos hoje.

Temos que ter calma. Mudanças profundas e fundamentais requerem tempo e paciência, além de estômago forte para o convívio longevo de realidades opostas.

O fato é que agora estamos na era do Capitalismo Saudável.

Já está acontecendo. Dentro dos pequenos negócios, no mindset do público consumidor, nas cadeias de fornecimentos e nos Conselhos de grandes empresas, nas pautas dos Governos e nos fundos de investimentos. Entidades certificadoras, órgãos reguladores e organizações acreditadoras já deram o tom e em breve o padrão ESG e suas métricas estarão mais claros para o grande público e para o mercado.

É neste ambiente que a sustentabilidade acontece.

Um ambiente empreendedor, de lideranças que já sabem, percebem ou acreditam que suas empresas são a vanguarda da transformação que almejamos. Um ambiente de criação, inovação, prosperidade e crescimento. Um ambiente no qual quem cria e entrega valor aos outros, recebe e administra com responsabilidade os frutos do empenho de tempo, esforço e capital, beneficiando o meio ambiente, a sociedade, a economia e os que ombreiam a empreitada consigo.

Estes são os protagonistas da sustentabilidade: Empresários Com Fins Lucrativos.

Capitalistas. Capitalistas Saudáveis.