A estrutura básica da sustentabilidade, conhecida como o Triple Botton Line, também já taxado de superado e ultrapassado por alguns teóricos da causa, é composta pelos pilares: Ser Humano, Meio Ambiente e Dinheiro.
Sim, você deve ter visto de forma um pouco diferente: no lugar do Dinheiro, é utilizado Economia. No entanto, quero trazer uma reflexão prática que nos ajuda muito em um entendimento fundamental.
A existência da humanidade sobre o planeta Terra pode ser considerada sob três recursos principais: os Recursos Naturais, que são a água, o sol, o ar, a terra, as plantas, os animais, etc, de onde retiramos matéria prima para produzir tudo o que consumimos; os Recursos Humanos, que são a inteligência e o trabalho braçal, que possibilitam a invenção e a produção de tudo o que conhecemos na vida, que não seja um Recurso Natural; e os Recursos Financeiros, o dinheiro em si, criado / proveniente da produção e comércio dos bens que os humanos produzem com as matérias-primas.
Sim; não é mais de bom tom chamar os trabalhadores de Recursos Humanos; tem-se utilizado Colaboradores, Talentos Humanos, e outros termos mais amigáveis e inclusivos, dentro de Políticas mais modernas e humanizadas. Mas o ser humano é sim, um recurso. O mais importante dos três, muito provavelmente. Mas é um recurso.
Sem este Recurso Humano, da inteligência e da força de trabalho, o Recurso Natural não é transformado em Recurso Financeiro. É deste bem, deste Ativo – o pensamento e a força de trabalho – que fazemos uso para que a Economia aconteça e funcione.
A Economia, por sua vez, não é apenas o Recurso Financeiro. Este é apenas 1 dos 3 pilares dela. A Economia é formada pelos Recursos Naturais, Humanos e Financeiros. Ela engloba tudo. Tudo somado, trabalhado e em fluxo, é o que forma a Economia, pois esta só existe enquanto roda, enquanto está em movimento, pois sem a transformação do que é Natural pelo Humano, não há Finanças; não há Economia.
No dicionário, Economia é “a Ciência que analisa e estuda os mecanismos referentes à obtenção, à produção, ao consumo e à utilização dos bens materiais necessários à sobrevivência e ao bem-estar.” Isolando a categorização de “a Ciência que analisa e estuda…”, notamos que do que ela trata é dos “… mecanismos referentes à Obtenção, à Produção, ao Consumo e à Utilização…”, atos que só podem ser efetivados com a intervenção dos Recursos Humanos nos Recursos Naturais, gerando e fluindo o Recurso Financeiro. Em outros termos, a Economia existe quando o ser humano transforma a natureza em dinheiro.
A coexistência, a intersecção, a relação deste Tripé, é o que forma a Economia. Sem romantismo, o ser humano é o recurso que deve usado sobre o recurso natural para que haja o fluxo econômico, suportado pelo recurso financeiro.
Isso não é uma nova teoria. Não é uma tentativa de trazer mais conceitos vagos sobre um contexto que, pela novidade e confusão intrínseca a ele, já é nebulosa o suficiente para causar desentendimento. Este é um ponto de vista prático sobre uma realidade evidente, um olhar esclarecedor que retira dúvidas, não acrescenta mais itens.
Nos vermos como Recursos Humanos não nos torna coisas inanimadas. Pelo contrário, nos traz consciência de nossa indispensabilidade no processo de manter o mundo girando. O mundo econômico, é claro, já que o Planeta Terra, com seus Recursos Naturais, gira independente de nós. Nós é que não giramos sem Recursos Financeiros.
Lembremos que, em inglês, o termo Triple Botton Line é definido por 3 Ps: People, Planet and Profit. Profit é Lucro, ou seja, o recurso financeiro. Não é Economy, que é o macro contexto contemplando tudo.
Dê uma espiada por este ponto de vista.
Veja o sentido que faz.
E vamos em frente!
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