Passamos por 2020 e 2021.

Anos chocantes. Memoráveis. Um biênio que marcou a história da humanidade.

Uma crise de saúde que levou vidas pela enfermidade em si, pelo aumento da fome, da violência e pelos suicídios.

Uma crise econômica com poucos precedentes que quebrou empresas, segmentos inteiros, fechou mercados e estabeleceu novas rivalidades comerciais.

Tudo muito triste. O lado ruim foi péssimo.

De um outro lado, evidenciou-se a importância de nossas casas e famílias. Aproximou pais de filhos, amizades e relações de confiança foram reforçadas de forma invisível. Negócios de entrega a domicílio cresceram, reformas residenciais aumentaram, outros setores se fortaleceram e o home office se estabeleceu como um padrão.

Negócios foram criados para suprir novas necessidades. No Brasil, estes dois anos revelaram o maior número de unicórnios (empresa avaliadas em mais de um bilhão de dólares) da nossa história.

A liderança empresarial compreendeu de uma vez por todas a importância de sua atuação dentro de seus negócios. A gestão otimizada, transparente, inclusiva e sustentável ficou evidente como valor inegociável dentro de uma empresa.

Muito importante. O lado bom foi ótimo.

Em chinês, a palavra Crise é formada por dois ideogramas juntos, que significam cada um, Perigo e Oportunidade.

É muito ruim sim todo impacto negativo de uma situação desta. Muitas perdas, desgastes e desapontamentos. Mas é nestes momentos que a humanidade cresce. Momentos assim são marcos históricos de evoluções gigantes da comunidade global. Nada nos faz crescer mais como humanos do que uma chacoalhada desta, dos pés à cabeça, quando ficamos sem chão e sem perspectivas claras.

Ferramentas, hábitos e valores que foram criados e adotados neste período, farão nosso fluxo humanitário e profissional funcionar muito melhor daqui em diante. O trabalho digital, a intensidade das relações mais próximas e o engajamento dos líderes, são legados desta pandemia que colaboram para o mundo ficar melhor.

O ápice da parte ruim passou. Mas ainda estamos na iminência de uma segunda onda, de novas variantes do vírus e tal, em meio a uma situação climática emergente.

Este momento de calmaria da tempestade é um tempo de colocar em ação tudo o que foi mentalizado e preparado como soluções para situações como estas.

Não é hora de acharmos que “o pior passou e está tudo bem”. Ok, o pior passou sim. E sempre está tudo bem, dependendo do ponto de vista. Mas agora é hora de acionarmos com todas as forças os benefícios que já sabemos que podemos propagar, instalar, aderir e promover.

Agora é um tempo de surfarmos a onda da pro-atividade, da ação. E isso é um esforço individual, pessoal, que ativa grupos menores, partindo para um todo maior.

Com esta experiência bienal em mente e as cicatrizes ainda à flor da pela, as lideranças das famílias, de comunidades específicas, das empresas e das cidades, devem acionar a prosperidade no real sentido da palavra: o crescimento saudável em todas as esferas da vida.

Já sabemos o que tem que ser feito. E sabemos das esferas nas quais temos influência. O Governo é importante, mas a única coisa efetiva que você pode fazer é votar. Se você tem uma empresa, pode fazer muito mais do que isso, você sabe. Se você tem uma família, pode fazer mais ainda, pois seu circulo de influência é muito mais intenso.

Novos momentos difíceis virão. Mas aprendemos bastante e uma coisa que ficou clara é que a vida urge. É hora de agir. Que seja silenciosa e discretamente aí no seu pequeno círculo de influência. Mas não fique parado.

O negócio é manter a mente em casa. Agir forte onde temo mais influência. Não perder tempo. Criar coisas boas para o desfrute imediato e para o preparo de situações futuras.

É tempo de agir em prol das melhorias contínuas, de dentro para fora, como pessoas, como famílias, como empresas, como cidadãos. Em prol do Crescimento Pessoal, do Desenvolvimento Sustentável, da tal Sustentabilidade.

Tenhamos todos um icônico 2022!